Se você trabalha com controladores de temperatura e presta suporte aos seus clientes, este post é para você. Independente do mercado que você trabalhe, seja aquecimento solar, refrigeração comercial ou câmaras frigoríficas, por exemplo, sempre é necessário prestar suporte aos clientes. Por mais que precauções sejam tomadas, imprevistos acontecem e muitas vezes é necessário se deslocar até o cliente para resolver possíveis problemas. No entanto, esse custo de suporte nem sempre é compensado. Além disso, o tempo e o deslocamento para resolver essas situações podem tornar o suporte ao cliente algo bastante caro.
Diminua o tempo e o custo de suporte com o ArcSys
Você sabia que um sistema de monitoramento de temperatura online pode ajudar a resolver estas situações? Imagine que um cliente entre em contato relatando um problema e que, em poucos minutos, você consiga resolver a situação diretamente pelo seu celular. Parece ótimo, certo? É justamente isso que vamos apresentar a seguir. Veja como as ferramentas disponíveis no ArcSys podem auxiliar na prestação de suporte remoto.
Resolvendo problemas remotamente com o ArcSys
Nos tópicos abaixo demonstramos solicitações comuns que podem ser resolvidas com o sistema de monitoramento ArcSys sem a necessidade de deslocamento. Veja as dúvidas que os clientes podem lhe encaminhar e o que você pode fazer diretamente pelo seu celular para resolver a situação.
O compressor ou resistência não acionaGeladeira ou expositor com formação de geloIdentificação de manutenção preventivaAlerta de falhas
O compressor ou resistência não aciona
Caso o cliente relate que uma das saídas do controlador não está sendo acionada é preciso identificar a origem do problema. Geralmente isso pode ocorrer por três motivos: configuração incorreta, problema na ligação ou defeito na carga (compressor, resistência, entre outros).
Ao acessar o ArcSys do cliente, você pode verificar a listagem de parâmetros do controlador em questão. É comum que a carga não seja acionada devido a um parâmetro de temporização, por exemplo. Se isso for identificado, altere os parâmetros diretamente pelo ArcSys e verifique se o problema for resolvido.
Caso os parâmetros estejam corretamente configurados, você pode verificar se o controlador enviou o comando para acionar a carga. Isso é possível através da página de relatórios, que indica quais cargas foram acionadas em cada período de tempo. Se não houver nenhum acionamento registrado na coluna "Estado", revise os parâmetros. É possível que o Setpoint esteja mal configurado, por exemplo, ou que algum outro parâmetro esteja impedindo o acionamento.
Caso a carga esteja acionada no relatório e o cliente relate que ela continua desligada, provavelmente há algum problema na instalação. Nesse caso será necessário se deslocar ao cliente para verificar a ligação elétrica e o estado da carga.
Geladeira ou expositor com formação de gelo
Se um cliente relatar a formação de gelo no equipamento, isso pode ser facilmente resolvido com o ArcSys.
Na maioria dos casos esse problema ocorre quando as configurações de degelo estão configuradas de forma incorreta. Nesse caso, você pode acessar os parâmetros do controlador no ArcSys e alterar a duração e o intervalo de degelo. Dessa forma, o degelo pode acontecer em uma frequência maior ou ter uma duração maior. Assim é possível configurar o degelo de acordo com a necessidade do cliente sem que seja preciso se deslocar ao local nenhuma vez.
Identificação de manutenção preventiva
Outra vantagem de utilizar um sistema de monitoramento online é identificar a necessidade de manutenção preventiva. Acessando os relatórios gráficos do ArcSys é possível verificar o desempenho do equipamento durante um período de tempo específico. Na figura abaixo é possível observar uma anomalia na temperatura do refrigerador, e baseado nesse gráfico é possível entender que está havendo congelamento no evaporador, permitindo tomar a ação de alteração do tempo de degelo, ou manutenção da resistência em caso de degelo elétrico.
Alerta de falhas
Sem dúvidas, um dos principais recursos do ArcSys é o envio de alarmes caso a temperatura do equipamento saia de uma faixa programada. Em primeiro lugar esse sistema permite que seus clientes tomem uma ação paliativa para evitar a perda de mercadoria. No entanto esses alarmes também são úteis para o técnico ou instalador. Isso porque, caso também receba o e-mail de alerta, este profissional pode se adiantar para entrar em contato com o cliente e verificar se algum equipamento está apresentando defeito.
Vale ressaltar que o sistema de alarme via e-mail é dependente de uma boa conexão de internet. Entretanto existe uma saída digital para acionamento de um sinaleiro ou sirene com intuito de avisar o cliente que está ocorrendo alguma anomalia.
Que tal saber mais sobre como o ArcSys pode reduzir seu custo de suporte aos clientes? Deixe seu comentário abaixo.
Se você está precisando configurar uma multispeed ou até mesmo está estudando o assunto e ainda está com dúvidas, este post é para você. Ao final do post foi montado um passo a passo para um teste que ajudará você a fazer essa primeira parametrização.
Os inversores de frequência são utilizados para controle e variação da velocidade dos motores de indução trifásicos. Isso já foi tema de diversos posts no Blog Ageon. No entanto, a forma de controlar a velocidade pode variar. De acordo com cada aplicação a velocidade pode ser controlada por meio de teclas da interface homem-máquina (IHM), potenciômetros e outros recursos como entradas digitais. No post de hoje vamos falar sobre uma função do inversor de frequência para velocidades predeterminadas: a função multispeed.
O que é a função Multispeed?
Conforme citado acima, a função multispeed é utilizada para que o motor trabalhe em velocidades predeterminadas. Nos inversores Ageon, por exemplo, é possível configurar até 8 velocidades diferentes. Dessa forma, são definidas as frequências em que o motor deve trabalhar em cada velocidade.
Como citamos anteriormente, a função multispeed geralmente é comandada via entradas digitais afim de não utilizar sinais analógicos ou potenciômetros.
Na maior parte dos manuais de inversores de frequência a função multispeed é acompanhada de uma tabela, igual ou similar a figura abaixo:
É possível observar na tabela que são utilizadas somente duas entradas digitais (S3 e S4) para até 4 velocidades. Já para aplicações de 8 velocidades é necessário ativar também via parâmetros a entrada S2.
Diferença da função entre os inversores
Os inversores Ageon XF Standard e YF Standard possuem a função multispeed. No entanto existe uma pequena diferença entre os dois modelos. Resumidamente, no XF Standard a função é comandada somente via entrada digital. Já no YF Standard, além da entrada digital, é possível fazer a seleção da referência nas setas de cima e baixo da IHM. Neste último caso deve-se estar no P01 no momento da seleção.
Função Multispeed no inversor XF Standard
Na série XF a função multispeed é comandada somente via entrada digital, conforme esquema de ligação em conjunto com a tabela de combinação lógica.
Exemplo de parametrização:
P11 e P12 – Rampas de aceleração e desaceleração.P23 e P24 – Frequência máxima e mínima.P51 – Corrente de sobrecarga do motor (geralmente está na placa em %).P61 até P69 – Referencias de velocidade multispeed 1, 2, 3 ... 8.P71 – Seleção de referência da frequência, que neste caso será o valor 3 (multispeed pelas entradas digitais).P72 – Seleção do comando (quem irá mandar partir o motor? Via botão da IHM = 0, ou via entrada digital?)
Com esse exemplo, já é possível testar a multispeed em seu motor.
Função Multispeed no inversor YF Standard
Os inversores da série YF podem receber a referência via entrada digital, ou selecionada via tecla da IHM no parâmetro P01. Desta forma, cada aperto no botão na seta para cima ou para baixo faz o programa buscar pela próxima referência em sua lista (P61 a 69).
O esquema de ligação continua o
mesmo, conforme figura abaixo.
A diferença está na programação, onde está sublinhado:
P11 e P12 – Rampas de aceleração e desaceleração.P23 e P24 – Frequência máxima e mínima.P51 – Corrente de sobrecarga do motor (geralmente está na placa em %).P52 – Corrente máxima.P60 – Modo de funcionamento de Multispeed (aqui você deve selecionar se serão utilizadas 4 ou 8 velocidades).P61 até P69 – Referencias de velocidade multispeed 1, 2, 3 ... 8.P71 – Seleção de referência da frequência, que neste caso, poderá ser pelas entradas digitais= 4 ou através da seleção da velocidade seta de cima e baixo na IHM=5 (sendo que para selecionar a velocidade na opção 5, o operador deverá estar no P01 durante o funcionamento do motor).P72 – Seleção do comando (quem irá mandar partir o motor? Via botão da IHM = 0, ou via entrada digital?)
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Você instala um controlador de temperatura tomando todos os cuidados e seguindo as orientações do manual técnico, mas a carga não aciona. O que fazer? Neste post vamos dar dicas de como testar a saída a relé do controlador e resolver o seu problema.
Itens necessários para o teste das saídas a relé
Em primeiro lugar é importante ter em mãos um multímetro de qualidade. Essa ferramenta permitirá medir a tensão nas saídas do controlador e identificar a origem do problema.
Como testar a saída a relé do controlador de temperatura?
Para a realização do teste, estamos considerando que o controlador está instalado conforme seu respectivo manual técnico. Acesse esta página para ter acesso aos manuais técnicos dos controladores de temperatura Ageon. Desligue seu equipamento e remova a carga Antes de mais nada é necessário remover a ligação da carga no controlador. Para isso, desligue seu equipamento e remova as conexões da carga nos bornes correspondentes.É importante se atentar à forma que a saída a relé do controlador é alimentada. Alguns modelos possuem saídas com contato seco, ou seja, precisam de um jumper entre dois bornes para que o relé seja alimentado. Nesses casos remova apenas a ligação da carga, mantendo o jumper conforme o esquema presente no manual.Após a remoção da carga, energize o aparelho. Verifique o funcionamento dos LEDs Os controladores de temperatura Ageon possuem LEDs que indicam o funcionamento das saídas. Para realizar o teste da saída a relé é necessário que o LED correspondente esteja aceso.Se o LED indicativo da saída a relé estiver apagado é preciso forçar seu acionamento. Cada modelo de controlador de temperatura possui uma forma de acionamento forçado, seja através de uma tecla ou de um conjunto de teclas. Consulte o manual técnico do produto para ter acesso a esta informação. Ajuste o multímetro para medição de tensão Com o controlador energizado e o LED indicativo aceso é hora de utilizar o multímetro para verificar a tensão de saída (voltagem). Para isso, o multímetro deve ser ajustado para medição de tensão alternada.É importante informar que dependendo do modelo de multímetro o ajuste de tensão alternada pode possuir diversas nomenclaturas. Entre as mais comuns estão V, Ṽ, ACV, VAC e Voltage, por exemplo.Outra questão importante é a escala. Alguns multímetros possuem escalas de medição de tensão, que deve estar de acordo com o valor de tensão a ser medido. Em um multímetro com escalas de 0 a 200V ou 200V a 750V, por exemplo, a primeira escala deve ser utilizada para redes de 110V, enquanto a segunda escala deve ser utilizada para redes 220V. Conecte o multímetro nos terminais do controlador Com o multímetro devidamente ajustado, encoste as ponteiras nos terminais referentes à carga no controlador de temperatura. Se o controlador estiver energizado e com o LED indicativo aceso, a tela do multímetro deve apresentar a tensão entre os dois pontos.
Diagnosticando problemas de acionamento
Ao realizar o teste acima, o multímetro deve apresentar valores próximos a 110V ou 220V, de acordo com a tensão da alimentação. Se seu teste resultou em valores como este significa que o controlador está funcionando corretamente. Verifique se a carga (resistência ou compressor, por exemplo), está apresentando mau funcionamento.
Se ao realizar o teste acima o multímetro apresentar valor zero, é necessário realizar algumas verificações:
Certifique-se de que a instalação elétrica está correta e de acordo com o manual do produto;Nos controladores cuja a saída a relé é alimentada por um jumper, verifique se o mesmo está bem conectado aos terminais;Verifique se o LED indicativo da saída a relé está aceso. Caso o LED esteja apagado, revise as configurações do controlador.
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Um inversor de frequência pode queimar por diversos motivos. Em muitos casos a queima é causada por natureza externa, ou seja, por fatores que não são relacionados a defeitos de fabricação do inversor. Nesses casos, é de extrema importância identificar o motivo da queima antes de adquirir um novo inversor. Neste post vamos falar sobre os defeitos no inversor de frequência causados por natureza externa e como evitá-los.
Queima do inversor por defeitos de natureza externa
Quando um inversor de frequência queima devido a problemas de natureza externa não basta substituí-lo. A simples substituição pode até resolver o problema por um tempo, mas a probabilidade de o inversor substituto queimar é bastante grande. Por esse motivo, é importante identificar a causa da queima do aparelho. Listamos abaixo alguns dos principais motivos para a queima do inversor e como evitá-los.
Sobretensão na rede de alimentação
Por mais que o inversor possua seu próprio sistema de proteção contra subtensões e sobretensões, uma sobretensão abrupta (pico de tensão em curto período de tempo) pode causar danos citados acima, ou mesmo a queima do inversor. É importante que os usuários de inversores monitorem constantemente a rede de alimentação durante o uso do aparelho com sua carga padrão, para que seja detectado uma não conformidade no nível de tensão.
Caso o inversor aponte constantemente o erro de sobretensão no circuito intermediário (E02 nos inversores Ageon), verifique o comportamento da sua rede de alimentação.
O que fazer para evitar a queima do inversor de frequência?
Um inversor de frequência pode queimar por diversos motivos. Em muitos casos a queima é causada por natureza externa, ou seja, por fatores que não são relacionados a defeitos de fabricação do inversor. Nesses casos, é de extrema importância identificar o motivo da queima antes de adquirir um novo inversor. Neste post vamos falar sobre os defeitos no inversor de frequência causados por natureza externa e como evitá-los.
Queima do inversor por defeitos de natureza externa
Quando um inversor de frequência queima devido a problemas de natureza externa não basta substituí-lo. A simples substituição pode até resolver o problema por um tempo, mas a probabilidade de o inversor substituto queimar é bastante grande. Por esse motivo, é importante identificar a causa da queima do aparelho. Listamos abaixo alguns dos principais motivos para a queima do inversor e como evitá-los.
Sobretensão na rede de alimentação
Por mais que o inversor possua seu próprio sistema de proteção contra subtensões e sobretensões, uma sobretensão abrupta (pico de tensão em curto período de tempo) pode causar danos citados acima, ou mesmo a queima do inversor. É importante que os usuários de inversores monitorem constantemente a rede de alimentação durante o uso do aparelho com sua carga padrão, para que seja detectado uma não conformidade no nível de tensão.
Caso o inversor aponte constantemente o erro de sobretensão no circuito intermediário (E02 nos inversores Ageon), verifique o comportamento da sua rede de alimentação.
Curto-circuito entre fases ou terra do motor
Outra possibilidade de não conformidade relacionada a queima desses elementos é a de curto-circuito entre fases do motor. Mesmo que, aparentemente, as conexões do motor ao inversor estejam corretas, deve-se monitorar as pontas do motor (na própria carcaça do motor) e verificar se há alguma anomalia. Um curto-circuito entre fases do motor, mesmo que por pouco tempo, pode causar a queima de um módulo de potência.
Excesso de umidade e presença de água também podem ser os causadores desses curtos-circuitos entre fases. É extremamente importante garantir que a área de instalação do motor seja livre de umidade excessiva e que não haja presença de elementos que jorram/pingam água. A umidade pode prejudicar o motor tanto a curto prazo (presença de água no contato do motor) quanto a longo prazo (oxidação das partes metálicas, que futuramente irão apresentar falhas no funcionamento).
Também deve-se garantir que o aterramento do sistema não tenha nenhum contato com uma fase, seja do motor ou da rede de alimentação.
É extremamente necessário garantir a integridade física dos terminais do motor pois, caso os danos nos inversores sejam causados pelo motor, o mesmo irá danificar todos os inversores que forem conectados a ele até que seja feita a troca do motor ou que suas conexões sejam reforçadas.
Sobretemperatura
Uma temperatura elevada pode causar dano aos módulos de potência. A faixa de temperatura de operação do inversor deve ser respeitada. Nos inversores de frequência Ageon essa faixa é de 0 a 50 °C. Caso o inversor indique sobretemperatura (erro E04 nos inversores Ageon), verifique se o ambiente onde o inversor está instalado apresenta uma temperatura acima do normal.
Não é recomendado que o inversor permaneça em um ambiente excessivamente quente pois o funcionamento do inversor em si eleva sua temperatura interna de operação, principalmente se o mesmo possui um motor com uma carga próxima da máxima permitida.
Um fator que influencia diretamente na temperatura de operação é a frequência de chaveamento dos IGBT. Nos inversores de frequência Ageon (com exceção do modelo IEX70 Pro) é possível ajustar a frequência de chaveamento no parâmetro P43. São disponíveis três valores para este parâmetro: 5 kHz, 10 kHz e 15 kHz.
Quanto maior a frequência de chaveamento, menor será o ruído emitido pelo motor, porém, maior será a temperatura presente nos IGBTs. Portanto, ajuste a frequência de chaveamento conforme a sua necessidade.
Inércia de carga elevada
Quando o motor possui uma carga elevada, há um consumo excessivo de corrente na partida, o que pode prejudicar os módulos de potência. Para proteger os IGBT, garanta que o inversor esteja programado com uma rampa de aceleração proporcional à sua carga.
Os inversores Ageon possuem sistemas de proteção de sobrecorrente (E05 para corrente em função do tempo e E09 para sobrecorrente por hardware). No entanto, um pico de corrente muito abrupto na partida poderá danificar permanentemente os módulos de potência.
Recomenda-se então que, na homologação do sistema, sejam feitas medições de corrente com ferramentas apropriadas e verificados os valores máximos de corrente no manual. Programe rampas de maiores durações conforme a necessidade.
Outros Defeitos
Além dos cuidados acima, deve-se garantir que as conexões estejam corretas, tanto da parte de potência (entrada, saída do motor e relé) quanto das de baixa potência (entradas digitais e analógicas).
Outra causa de problemas com o inversor de frequência é o curto-circuito nas fases da alimentação. Neste caso o defeito é fácil de ser identificado pois, na maioria das vezes, há a presença de carbonização (queima) nos terminais. Além disso, nessa situação a placa principal do inversor é danificada permanentemente, inviabilizando seu conserto.
Caso você possua um inversor de frequência queimado, é importante identificar o motivo da queima antes de substituí-lo. Em muitos casos a queima do inversor está relacionada a um dos motivos citados acima. Ao substituir o dispositivo sem corrigir a causa raiz, é provável que o novo inversor seja danificado da mesma forma que o anterior .
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O estudo sobre Compatibilidade Eletromagnética (EMC) aborda soluções para problemas relacionados a mau funcionamento de sistemas devido a ruídos. Neste post iremos fazer uma breve explicação sobre este tema e os cuidados que os montadores e instaladores que utilizam nossos produtos devem tomar para que todos os elementos sistema funcionem como deveriam, seja na parte de controladores de temperatura ou inversores de frequência.
Primeiramente, para entendermos porquê devemos nos preocupar com campos
magnéticos num sistema elétrico/eletrônico, precisamos entender de onde vem
esse campo magnético. No final do século XIX o físico e químico Christian
Orsted descobriu que um condutor elétrico (fio/cabo) gera campo magnético ao
seu redor. Por sua vez, este campo magnético quando variado também gera
corrente elétrica quando encontra outro condutor. Ou seja, qualquer elemento
condutor de corrente está propenso a gerar e receber campo magnético no meio
que está atuando. A imagem abaixo mostra este fenômeno físico:
Um exemplo do cotidiano para entendermos o comportamento de campos
magnéticos pelo ar é o princípio de funcionamento do rádio. O aparelho de rádio
convencional basicamente capta o sinal do ar (que é um campo magnético) e
converte em corrente elétrica audível. Este sinal, por sua vez, é um campo
magnético gerado de uma grande fonte de energia proveniente da emissora.
Nem todo sistema elétrico/eletrônico funciona com o intuito de receber
ou enviar sinal pelo ar, mas mesmo assim irá gerar e receber campos magnéticos
devido ao fenômeno físico citado anteriormente. É aí que surge a necessidade do
estudo sobre problemas relacionados à compatibilidade eletromagnética. Caso não
sejam prevenidos, os problema de EMC poderão afetar negativamente no
funcionamento do sistema.
A compatibilidade eletromagnética é um conceito associado a dois ou mais sistemas serem eletromagneticamente compatíveis ou não. Dentro desse conceito destacam-se duas análises: o quanto o sistema emite ruído e o quanto o sistema é susceptível à ruídos. Esses ruídos podem se propagar pela própria conexão elétrica (ruído conduzido) ou pelo ar (ruído irradiado).
O ruído conduzido pode surgir de diversos fatores como chaveamentos em
alta frequência, motores, elementos de alta potência, etc. O grau do ruído
também pode variar pela quantidade de elementos que constituem o sistema.
Há diversas análises e estudos que podem ser efetuados para resolver/prevenir problemas envolvendo compatibilidade eletromagnética, por exemplo montagem do motor, enrolamento de cabos e fios (como por exemplo par trançado), modos de aterramento, modos de roteamento de placas eletrônicas, blindagem, filtros e etc). Ou seja, há muitos cuidados a serem tomados para que o sistema não sofra problemas com interferências internas ou externas. Individualmente, os elementos das aplicações envolvendo produtos da Ageon, são fabricados/montados usando técnicas específicas para evitar problemas de EMC.
Compatibilidade Eletromagnética em controladores de temperatura e inversores de frequência
Se tratando de controladores de temperatura e inversores de frequência, há alguns cuidados que devem ser tomados na hora de instalar os produtos para que os ruídos da parte de potência do sistema (motor, resistência elétrica, rede elétrica e etc) não interfira no funcionamento dos elementos de comunicação e baixa potência (sensores/sondas, interface homem-máquina (IHM), ArcSys, cabos de rede e etc) e vice-versa. Ou seja, na hora da instalação e manuseio do produto, poderão haver problemas de EMC caso o sistema seja instalado sem alguns cuidados básicos específicos. Estes cuidados são os seguintes:
Deve-se separar fisicamente os cabos de alta potência (motores, resistência elétrica, alimentação e etc) dos cabos/fios de comunicação (sensores, cabos de rede e cabos da IHM);Não deixar os elementos muito próximos um ao outro, por exemplo, respeitar uma certa distância entre o motor e o inversor e etc;Se tratando da precisão de temperatura, não é recomendado que o sensor fique próximo de alguma fonte de ruído como uma resistência elétrica, uma bomba d’água, motor, ventoinha e etc;Aterramento adequado e respeitando a norma NBR 5410.
Os cuidados citados anteriormente sobre os fios e cabos valem para qualquer cenário de instalação, seja ele através de canaletas, fixados na parede/chão, pela tubulação e etc. E vale tanto para inversores de frequência quanto para controladores de temperatura.
Entre os diversos problemas gerados por incompatibilidade eletromagnética, os que mais se destacam são: erros na leitura, imprecisão (controlador indicando uma temperatura consideravelmente errada), falha total na comunicação (por exemplo problema de comunicação entre IHM e inversor) e etc. Porém, problemas de EMC podem ocorrer de forma aleatória (sem padrão de comportamento) e muitas vezes não duram muito tempo. Quando há um descuido consideravelmente grande, poderá ocasionar uma falha que irá persistir até que o problema seja solucionado.
Salientamos que os problemas de EMC existem, mas o seu grau depende de diversos fatores e, na maioria das vezes, não irão afetar no funcionamento do sistema. Os cuidados ao produto final instalado são poucos e se forem respeitados não irão causar nenhum problema.
Caso você tenha alguma dúvida entre em contato com a Ageon, estamos
sempre disponíveis para ajudar você a solucionar problemas relacionados a
instalação do seu produto.
O ArcSys Cloud é a forma mais prática e segura de monitorar a temperatura dos seus controladores Ageon. Já citamos aqui no blog as principais novidades deste sistema. Neste post você verá como se registrar gratuitamente no ArcSys Cloud e realizar o primeiro acesso na plataforma.
Itens necessários
Em primeiro lugar é necessário verificar se você possui os itens necessários para começar a utilizar o ArcSys Cloud. Você precisará de pelo menos um dispositivo ArcSys ligado à sua rede de internet local. Se além de monitorar você também deseja controlar a temperatura de algum equipamento, também será necessário um controlador Web da Ageon ligado ao dispositivo ArcSys.
Realizando o cadastro no ArcSys Cloud
No vídeo abaixo você verá como se cadastrar na plataforma e começar a monitorar seus equipamentos. O cadastro é rápido e em poucos minutos você já poderá usufruir de todas as vantagens que um sistema de monitoramento de temperatura pode oferecer.
Preços e planos
O ArcSys Cloud está disponível em três planos distintos. O primeiro deles é o plano gratuito, que permite o monitoramento de temperatura em tempo real, a configuração de alarmes e a geração de relatórios dos últimos 3 meses.
Além de todos os recursos acima, o plano Standard ainda possui recursos adicionais, como o compartilhamento dos dados. Ou seja, é possível criar novos usuários em sua conta para que sua equipe também possa acessar o sistema de monitoramento. Outra vantagem desse plano é que ele permite a geração de relatórios dos últimos 6 meses.
Já o plano Premium é o plano mais completo. Ele possui todos os recursos dos planos anteriores. Além disso, ainda permite alterar os parâmetros dos controladores através do ArcSys Cloud. A geração de relatórios neste plano pode ser feita com dados dos últimos 24 meses.
Que tal monitorar a temperatura dos seus equipamentos e acessar essas informações pelo celular ou computador? E o melhor, tudo isso sem a necessidade de configurar seu modem ou de conhecimentos avançados em informática. Com o ArcSyS Cloud qualquer um pode monitorar a temperatura de forma fácil e rápida.
Os inversores de frequência XF Standard foram desenvolvidos pela Ageon para controlar a velocidade de motores trifásicos. Elem podem ser utilizados em motores de até 2CV e se destacam principalmente pela sua facilidade de instalação e programação.
Nesse post apresentamos vídeos das principais dúvidas relacionadas aos inversores XF Standard. Aqui você verá desde a ligação elétrica do aparelho até a resolução de erros na sua aplicação.
Como instalar o inversor de frequência XF Standard?Ajustando as rampas de aceleração e desaceleraçãoConfigurando a função do relé auxiliarCorrigindo o erro E03Corrigindo o erro E09Corrigindo o erro Sub
A Ageon recomenda que a instalação do produto seja realizada por um profissional qualificado e de acordo com as normas técnicas vigentes.
Como instalar o inversor de frequência XF Standard?
Primeiramente vamos demonstrar no vídeo abaixo como ligar seu inversor de frequência XF Standard à rede elétrica e também ao motor.
Principais ajustes do inversor XF Standard
Geralmente os inversores de frequência possuem uma lista numerosa de parâmetros para ajustes. No entanto, os inversores XF Standard possuem uma quantidade reduzida de parâmetros, simplificando sua configuração e otimizando o tempo dos técnicos e instaladores. Nos vídeos abaixo você verá como configurar dois dos principais recursos dos inversores XF Standard.
Ajustando as rampas de aceleração e desaceleração
As rampas de aceleração e desaceleração já foram tema de posts aqui no Blog Ageon. Esses recursos servem para evitar acionamentos bruscos do motor, por exemplo. Dessa forma a vida útil do equipamento tende a aumentar. Além disso, a utilização de rampas ainda traz outros benefícios, como maior segurança para os usuários da máquina e diminuição do pico de corrente no acionamento do motor.
Configurando a função do relé auxiliar
Os inversores da linha XF Standard possuem uma saída a relé que pode ser utilizada em diversos processos de automação. Esta saída auxiliar pode ser acionada sempre que o motor estiver acionado, por exemplo, ou sempre que a frequência de saída do inversor ultrapassar um determinado valor. No vídeo a seguir você pode ver todos os diferentes modos de funcionamento da saída auxiliar e como configurar seu inversor em cada uma delas.
Solucionando erros no inversor de frequência
Durante a instalação e utilização de um inversor de frequência podem ocorrer alguns erros. Essas falhas podem ter as mais variadas causas, como problemas na rede elétrica ou defeito no motor, por exemplo. Os inversores de frequência XF Standard possuem códigos que auxiliam na identificação destes erros, facilitando o diagnóstico e resolução do problema. Nos vídeos abaixo listamos as causas e soluções dos principais erros relacionados à utilização dos inversores de frequência.
Corrigindo o erro E03
Corrigindo o erro E09
Corrigindo o erro Sub
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A alimentação de um motor trifásico de 6 terminais ou mais é configurável. Dependendo do número de terminais (também conhecidos como pontas ou bornes), o motor pode ser configurado para alimentação em tensão 220V ou 380V, por exemplo. Neste post vamos apresentar as diferentes ligações que um motor trifásico pode ter para alimentação em 220V, de acordo com seu número de terminais.
Configurando o motor trifásico para tensão 220V
Como citado anteriormente, os motores elétricos trifásicos podem ser alimentados com diferentes valores de tensão dependendo do seu número de terminais. Essa diversidade de configurações do motor não influencia na velocidade de rotação, mas influencia no torque. Quanto maior a tensão de alimentação, mais torque terá o motor. Já a velocidade de rotação do motor depende de outros fatores, como a frequência, por exemplo.
Entre os motores trifásicos mais comuns estão os motores de 6 terminais. Esses motores podem ser configurados para alimentação em 380V ou 220V. Na imagem abaixo é possível visualizar um exemplo de como alterar a ligação elétrica do motor de 380V (modo estrela) para 220V (modo triângulo).
Essa configuração da alimentação do motor trifásico é possível graças às diferentes formas de ligação das bobinas. Cada uma dessas ligações cria uma intensidade de campo magnético girante diferente durante o funcionamento do motor.
Caso seu motor apresente número de terminais diferente do citado neste post, recomendamos entrar em contato com o fabricante do motor para verificar como ligá-lo em 220V.
Velocidade de um motor trifásico
O controle da velocidade de um motor trifásico pode ser realizado de diversas formas. Entre as mais indicadas está a variação de frequência do motor, realizada através de um inversor de frequência.
Linha AG Drive
Série YF
A Ageon fabrica inversores de frequência para motores trifásicos de até 5CV. Os inversores de frequência Ageon possuem alimentação 220V (monofásica ou trifásica, de acordo com o modelo) e saída 220V. Os principais modelos de inversores Ageon são a Linha AG Drive, com formato compacto, e a Série YF, com IHM destacável e potenciômetro incorporado.
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Você sabe o que é um resistor de frenagem? Esses dispositivos são utilizados em diversas aplicações junto ao inversor de frequência. Neste post você vai descobrir o que é e qual a importância de um resistor de frenagem.
O que é um Resistor de Frenagem?
É um dispositivo elétrico passivo que pode ser utilizado em conjunto com o inversor de frequência para reduzir a velocidade do motor sem prejuízo aos equipamentos. Antes de apresentar sua importância, primeiramente vamos compreender melhor o que ocorre quando um motor é desacelerado.
Imagine uma esteira transportadora que possui um motor acionado por um inversor de frequência. Em alguns casos essa esteira precisa parar em um período de tempo bastante curto, como 0,2 segundos, por exemplo. Para desacelerar o motor nesse tempo basta ajustar a rampa de desaceleração do inversor em um valor relativamente baixo. No entanto, a inércia da esteira (que possivelmente possui outros motores) faz com que o motor continue girando e consequentemente atue como uma fonte de energia, gerando corrente reversa no inversor. Esta é a chamada força contra eletromotriz. A força contra eletromotriz pode ser prejudicial para o inversor, podendo queimar componentes no circuito de conversão de energia ou até mesmo queimar o inversor em definitivo.
Para evitar este tipo de problema, alguns modelos de inversores de frequência permitem a utilização de um resistor de frenagem. Este resistor tem a função de converter a força contra eletromotriz em calor, protegendo o inversor.
Como identificar o Resistor de Frenagem ideal?
Existem diversos tipos e modelos de resistores de frenagem. O resistor ideal para cada aplicação vai variar de acordo com alguns fatores, como a potência do motor, a inércia da carga, o tempo de parada, o número de ciclos de parada, entre outros. Ou seja, são diversos fatores que interferem no funcionamento correto do sistema e que são característicos de cada situação.
A Ageon recomenda a contratação de um profissional qualificado para verificar as grandezas físicas da sua aplicação e dimensione corretamente o seu resistor de frenagem. Após dimensionado o resistor, o mesmo pode ser ligado no inversor nos terminais B1 e B2 (para os modelos que possuem o mesmo).
Resistores de Frenagem em Inversores de Frequência Ageon
Alguns modelos de inversores de frequência Ageon são compatíveis com resistores de frenagem. São os inversores YF Standard com potência de 3CV e 5CV. Esses inversores se destacam pela facilidade na instalação e configuração. Além disso, possuem IHM destacável e potenciômetro incorporado.
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O aterramento é uma medida de segurança essencial para inversores de frequência e motores elétricos. É um procedimento obrigatório e deve ser realizado de acordo com as normas técnicas vigentes. Neste post vamos ensinar a forma correta de aterrar o inversor de frequência.
Por que fazer o aterramento do inversor de frequência?
Conforme citamos acima, o principal motivo para aterrar seus equipamento é a segurança dos utilizadores. O contato direto com partes metálicas de sistemas mal aterrados podem ocasionar descargas elétricas ao usuário. O cuidado deve ser redobrado quando se trata de sistemas com alimentação ou motores trifásicos, pois a descarga elétrica pode ser nociva ao corpo, levando em conta que motores geram muito ruído devido ao seu campo magnético gerado no seu funcionamento.
Um dispositivo aterrado possui menor risco de choques elétricos. O aterramento facilita o funcionamento dos dispositivos de proteção, como fusíveis e disjuntores, quando há aumento de corrente. Além disso, auxilia na dissipação da corrente de fuga vinda do motor.
Como aterrar o inversor?
O aterramento do inversor de frequência e do motor elétrico deve ser feito de forma separada, para que a corrente de fuga de um equipamento não interfira no funcionamento do outro. Os motores costumam possuir um terminal específico para aterramento, que é ligado à sua carcaça.
Não é recomendado ligar o terra do inversor ao motor. Cada equipamento deve ter contato com o aterramento individualmente. Caso o terra do motor esteja ligado ao terra do inversor e não haja conexão com o aterramento do local, todo o ruído gerado pelo motor irá para o inversor, prejudicando seu funcionamento.
Para aterrar o inversor de frequência existem diferentes maneiras de acordo com o modelo de inversor. Em alguns modelos o aterramento é feito através de parafusos em sua carcaça. Este é o caso dos inversores da Série XF, por exemplo. Esses inversores possuem dois parafusos para aterramento, conforme imagem abaixo.
Já os inversores da Série YF possuem bornes específicos para conexão com o Terra de Proteção (TP). Os modelos da Série YF com alimentação monofásica possuem dois bornes para aterramento, enquanto os modelos com alimentação trifásica possuem um borne de conexão com o Terra de Proteção.
Antes de instalar o inversor de frequência, atente-se aos seguintes itens:
Certifique-se que o local da instalação possua estrutura para aterramento;
Atente-se às normas técnicas para realizar a instalação elétrica;
Contrate um profissional qualificado para instalar e configurar seu inversor de frequência.
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